quinta-feira, dezembro 18, 2008

paixão é paixão, gente!


a semana teve um toque especial. a semana foi banhada de luz. da formosura de ser mulher. banhada de beleza e força, muito mais que sexualidade. embora ver Madonna molhada de chuva, suponho: deve ter sido prá lá de erótico, sexual... e todas essas coisas boas da vida. a semana é para aqueles que viveram MADONNA in Rio. digo isso por razões que não posso explanar aqui. meu espaço virtual pode ser muito visitado um dia e não quero comprometer a vida de ninguém (risos). cada um que comprometa a sua própria. digo isso porque segunda-feira o metrô estava insuportável. levas e mais levas de pessoas passavam com destino ao maracanã. e isso era aproximadamente umas 15hs da tarde. dai pensei: será que essa gente toda está de férias? e o trabalho? mataram o trabalho? pediram para sair mais cedo? passaram o mês compensando este dia? pegaram atestado médico? ou simplesmente se levantaram da cadeira e com um breve 'até logo' gestual disseram um sim para as coisas boas da vida? a paixão explica qualquer coisa e dedico a semana aos apaixonados que podem até pagar um pouquinho caro pelo impulso e pelo ingresso. mas impulso é impulso não é? assim como paixão é paixão. e não há muito o que justificar. quem não compreender, é porque na real ficou na pilha de ir, mas não foi.

quinta-feira, dezembro 11, 2008

the white rabBit. what's the MEANing?

The White Rabbit, as seen in Lewis Carroll's
book "Alice in Wonderland


E o que significa o coelho branco mesmo?
Ontem acordei de um jeito curioso*.
Meu irmão mais velho, o Leo, para quem conhece.
Invade meu quarto.
Isso mesmo, ele sempre invade. Nunca bate na porta e sai acendendo a luz na cara. (motivo de muitas brigas quando eramos adolescentes).
Mas ontem ele bateu na porta e depois de bater invadiu mesmo, como sempre fez.
Na mão carregava: coca-cola na direita e um coelho branco na esquerda.
E disse:
- Bruna, Bruna... tenho que deixar este coelho aqui se não os gatos vão pegar! Vou colocar na sua varandinha.
Abro levemente os olhos e numa confusão mental, normal de quem a segundos atrás dormia, pergunto com toda a calma (uma calma com teor de impaciência comum em minhas manhãs):
- Mas Leonardo, coelho rói tudo! Ele vai roer minhas plantas!
E ainda sem entender porque o Leo carregava o coelho perguntei:
- Leo, de onde você tirou este coelho? Da cartola? É mágica? É presente? É pra mim?
Me explica ? (tudo em tom irônico e impaciente matinal, comum de minha pessoa quando acorda em especial quando assustada).
De manhã sou assim: SILENCIOSA.
Para durante o dia extravasar. Risos...

Passei a manhã inteira com o coelho em meu quarto.
O coelho e eu.
Ele pulava, andava e ruía.
Eu olhava, chamava para perto de mim e oferecia água.
Até descobrirmos que o coelho era nosso visinho.

Simplesmente às 07 da manhã, Leo (que nunca dorme) vai a padaria comprar coca-cola e se depara com o coelho perdido pela rua.
Isso ficou em mim por muitas coisas que Leo (e quem conhece sabe) representa.
O cara é assim mesmo, imprevisível.
E sua imprevisibilidade é tão sutil que deixa todos em casa sem respostas.
Claro! Respostas não existem para este caso.
O cara é ser humano mesmo, e todo ser humano carrega consigo o sentido da vida!

O fato martelou em mim por todo o dia.
Liguei para amigos, falei com os presentes e refleti.

Lembrei imediatamente de Alice.
Da Alice do País das Maravilhas, da Alice do seriado da HBO e até da Mª Alice (filhota da minha prima).

Mas parei mesmo na Alice do País das Maravilhas.
Quando leio ou vejo Alice, o coelho branco significa muitas coisas para mim.
E me abro em sorriso.
Significa aquele que conduz na pressa a Alice pelo País.
Nunca soube se gostava do coelho ou não.
A pressa dele sempre me incomodou um pouco.
Mas sabe como é aquilo que te incomoda porque na realidade gosta?
Então é assim que me vejo.
O coelho existe, com toda a sua lógica (ilógica) e ironia.
Não sei o que nada disso quer me dizer.
Acho que para uns eu posso ser o coelho, o Leo pode ser o coelho, as circunstâncias também podem ser o coelho. (quanto as circunstâncias ainda me ponho em dúvida)
Mas acredito em sinais e ontem me deparei com um coelho branco em meu quarto, e juro que me inquietei.


Na inquietude indago mesmo sobre o País das Maravilhas.

E confusa estou.

Pois acabei de ser convidada a mudar de rota mesmo estando na mesma direção.
Saio de um universo delicioso de objetos e histórias, para uma briga quase que política de realidade cultural de nosso país. Onde a batalha é diária. Uma nova estratégia para mim.

Não sei onde isso vai dar, como também não sei o que o coelho branco significa.
Fico com a sensação de que tudo pode mudar a qualquer momento.
O Tempo é senhor e o relógio do coelho não para (pára ortografia antiga).

É um mix de sentimentos porque me vejo de certa forma reconhecida, contudo afastada do que há 4 anos venho construindo em parceria com pessoas amadas.

Sei que algumas coisas em minha vida vão mudar, eu mesma vou me mudar e isso vai mexer comigo. Mas tem que ser, o relógio do coelho não para e a ortografia da palavra pára muda.

Vejo amadurecimento e o boom que isso está causando.

Mudei mesmo, ‘metamorfose ambulante’, graças ao Raul.
Mudei dentro, na idéia e no sentimento.
E quero mudar todos os dias, a cada manhã ironicamente impaciente e silenciosa.

Olho; “a mente”; no espelho, para ver o que reflete.
A imagem é turva. Como uma bruma!

*curioso: palavra empregada com o sentido já patenteado pelo jeito de um ‘amigaço’ falar, quando o fato é de fato; Curioso.
Aproveitei boa parte deste texto enviado a amigo.
Aqui fiz algumas adaptações como a história do Leo; por exemplo.

quarta-feira, novembro 12, 2008

linDAS do meu CORação


Inesquecível!
Apenas isto.

sábado, novembro 08, 2008

SUBmersa... FAÇO

Dias importantes e intensos tenho vivido.
Nesses dias que vão além de 365, tenho aprendido que: “quando ouço esqueço, quando vejo aprendo e quando faço, compreendo”.

Esta frase foi dita para mim ontem pelo meu professor orientador, que agora mais que um orientador acadêmico, passou a ser meu amigo e com ele compartilho minhas ilusões e desilusões frente às realidades. Esta frase foi dita por ele em referencia à sua professora Teresinha Sarmento, um nome que sempre ouvi dentro da escola de museologia. Acho mesmo que esta professora tenha feito diferença na vida de seus alunos, como o Anaildo tem feito na minha, pois alguns professores; os que considero queridos; sempre mencionam este nome.

Ontem como todos os outros 365 dias vividos, foi especial.
Conseguimos definir nosso ponto de partida e nossa estrutura para um trabalho que tem sido exaustivo frente a dificuldade de localização de material sobre o meu trabalho.

Ainda bem que conto com a LUZ das pessoas que quando viajam trazem livros; meu irmão que sempre discute comigo os temas e na seqüência invade meu quarto com uma pilha de livros na mão e ainda abastece minha ‘machine’ de músicas para me animar e relaxar; o Flávio que sempre acreditou na idéia e investiu em muitos livros para mim (indo a MG só pra me agradar), companheiro no tempo por saber me esperar e entender minhas necessidades respeitando cada suspiro meu; a Tati que sempre me pergunta como estou me sentindo e me auxilia em muitas idéias e que como uma boa aquariana, vê possibilidade em tudo. Em tudo mesmo! O meu grande amigo Daniel que me fez ver que concentração e serenidade são duas coisas que não podem faltar quando iniciamos o ‘cortante’ processo do pensamento e a Silvia grande amiga que morre de rir comigo quando juntas viajamos na idéia.

Afinal, navegar é preciso... (Já disse Fernando Pessoa)
Na navegação, o traJETO será o seguinte:
Das Baías Austrais, partirei a léguas e mais léguas de distâncias.
Uma viagem que fatalmente levará muito mais que 365 dias.
Uma viagem que talvez somente Julio Verne fosse capaz de entender.
Após a viagem e todo o mapeamento cartográfico, levantamento geomorfológico, apreensão espacial e fruição da natureza, atracarei meu navio para contemplar.
E só após contemplar toda a natureza a minha volta, perceberei os sujeitos da ação.
Perceberei as pessoas e muito mais que perceber ‘humanóides fragmentados’, buscarei perceber o Outro. Um Outro que vive submerso e que sobe a superfície da água por necessidade de respirar.

E debaixo da água, onde nossos olhos não conseguem enxergar muito bem, a vida se estabelece com todo rigor e seriedade. Submersa numa realidade não visível aos meus olhos, mas real em meus sentimentos e percepções sobre a grandeza da vida, avalio a minha total ignorância e FAÇO (uma ação), um movimento de compreensão entre os muitos sujeitos frente as suas diversas realidades.

sexta-feira, novembro 07, 2008

UMA simples certeza...

Vídeos de Marina Machado – Música na Last.fm
eita que baita vontade de fazer um som assim, num lugar assim, com pessoas assim.

é na simplicidade que vou seguindo...
andando... caminhando...
e no traJETO encontro pessoas, lugares, coisas e idéias.
seguindo... olhando...
numa linda tarde como a de hoje variando sol e chuva, após almoçar com amigos, percebo e conto as nuvens do céu pensando nas coisas simples da vida que tanto nos espera.

quinta-feira, novembro 06, 2008

o conhecimento


uma LUZ que me faz acreditar ainda mais em meus estudos.

"Em algum remoto rincão do universo cintilante que se derrama em um sem-numero de sistemas solares, havia uma vez um astro, em que animais inteligentes inventaram o conhecimento. Foi o minuto mais soberbo e mais mentiroso da “história universal”: mas também foi somente um minuto. Passados poucos fôlegos da natureza congelou-se o astro, e os animais inteligentes tiveram que morrer. – Assim poderia alguém inventar uma fábula e nem por isso teria ilustrado suficientemente quão lamentável, quão fantasmagórico e fugaz, quão sem finalidades e gratuito fica o intelecto humano dentro da natureza. Houve eternidades, em que ele não estava; quando de novo ele tiver passado, nada terá acontecido. Pois não há para aquele intelecto nenhuma missão mais vasta, que conduzisse além da vida humana. Ao contrário, ele é humano, e somente seu possuidor e genitor o toma tão pateticamente, como se os gonzos do mundo girassem nele. "1
É desta forma que Nietzsche inicia o primeiro parágrafo do capítulo “Sobre verdade e mentira no sentido da moral” e considero este pensamento atual e relacionado ao que procurarei trabalhar em meus estudos. Talvez esta tenha sido uma importante luz para o meu caminho. E à isso agradeço ao meu mais que irmão, Celsinho, pela indicação à leitura, por compartilhar, acreditar e me munir de conteúdos capazes de me fazer 'linkar' os mais variados caminhos percorridos pela mente.
1. (Sobre Verdade e Mentira no Sentido Extra-Moral – 1873; página 53. NIETZSCHE, Friedrich. Os Pensadores. Obras Incompletas. Nova Cultural – São Paul – 1996, página 464).

- Imagem do nascimento de estrelas a 12 bilhões de anos-luz da Terra.

segunda-feira, novembro 03, 2008

navegar é precISO!

as vezes é necessário subir...
subir para ver do alto o que acontece.
as vezes é necessário subir para escutar melhor o silêncio, ver melhor os diferentes tempos e avaliar o caminho.
quando se sobe, provocamos um corte interno de proporções transformadoras.
do alto a temperatura já não é mais a mesma e a pressão atmosférica dificulta a passagem do ar aos pulmões.
é subindo que vemos e delicadeza da vida e das coisas que estão no mundo.
do alto, todas as nossas referencias de dimensões espaciais se alteram, transformando o grande no pequeno enquanto que a imensidão do mar e do céu passa a ser a ordem do dia.
e na imensidão, me vejo!

sábado, novembro 01, 2008

verdadeiramente assim | In MY bed

é assim que me sinto.hoje umas vinte vezes.e não me canço.
hoje postei esta obra em muitos espaços, talvez pela falta de espaço!

essa mulher sabe cantar e como eu já disse em muitos outros espaços; só não nos espaços reais, se é que eles existem, que:

Uma música que sabe ser cruEL!Fere quem ouve e alivia quem canta.E ainda IMPULSA num convite à dança.E há de ser FORTE para cantá-la!Há de TER pernas firmes para saber dançar, sem tropeçar!E assim SIGO na idéia e quem é amigo meu sabe:"É a DOR e a DELICIA de se ESTAR vivo!"

...from where I'm going...

aumente o som, VEJA e sinta a força de uma Mulher: http://www.youtube.com/watch?v=LZzGpTrB2h8

terça-feira, outubro 28, 2008

em silêncio III

Suprematism - Supremus no. 58 (1916). Artist: Kasimir Malevich

[existir]

A criança que pensa em fadas e acredita nas fadas
Age como um deus doente, mas como um deus.
Porque embora afirme que existe o que não existe
Sabe como é que as coisas existem, que é existindo,
Sabe que existir existe e não se explica,
Sabe que não há razão nenhuma para nada existir,
Sabe que ser é estar apenas em um ponto
Só não sabe que o pensamento não é um ponto qualquer
.

1/10/1917 – Fernando Pessoa.

segunda-feira, outubro 27, 2008

em silêncio II

Black Square (1913-29). Artist: Kasimir Malevich.


[realidade]

Assim como falham as palavras quando querem exprimir qualquer pensamento,
Assim falham os pensamentos quando querem exprimir qualquer realidade.
Mas, como a realidade pensada não é dita mas a pensada,
Assim a mesma dita realidade existe, não o ser pensada.
Assim tudo o que existe, simplesmente existe.
O resto é uma espécie de sono que temos,
Uma velhice que nos acompanha desde a infância da doença.


1/10/1917 – Fernando Pessoa.

sábado, outubro 25, 2008

Etta James – Ouça gratuitamente na Last.fm

Trust me.
I really love.
This song makes me feel better and truthfulness.
Etta James – Ouça gratuitamente na Last.fm

Vídeos de Billie Holiday – Ouça gratuitamente na Last.fm

My Man
Vídeos de Billie Holiday – Ouça gratuitamente na Last.fm

Madeleine Peyroux – Ouça gratuitamente na Last.fm

Madeleine Peyroux – Ouça gratuitamente na Last.fm

em silêncio I

Suprematist Composition: White on White. Artist: Kasimir Malevich (1918).

[idéia – filosofiapensamento – criação]

O universo não é uma idéia minha.
A minha idéia do universo é que é uma idéia minha.
A noite não anoitece pelos meus olhos.
A minha idéia de noite é que anoitece por meus olhos.
Fora de eu pensar e de haver quaisquer pensamentos
A noite anoitece concretamente
[grifo meu]
E o fulgor das estrelas existe como se tivesse peso.

1/10/1917 – Fernando Pessoa.

quinta-feira, outubro 16, 2008

CARTOLA

²

Em Mangueira
Quando morre
Um poeta
Todos choram
Vivo tranqüilo em Mangueira porque
sei que alguém há de chorar quando eu morrer
Mas o pranto em Mangueira
É tão diferente
É um pranto sem lenço
Que alegra agente
Hei de ter um alguém pra chorar por mim
Através de um pandeiro ou de um tamborim
(Pranto do Poeta 1989)²


Sábado fui à Mangueira, para fazer de um pranto alegria.
O propósito final era comemorar o aniversário de uma amiga, a Nati.
E fui...

Porém ao subir o asfalto do morro da mangueira, e todas as vezes que faço esse trajeto, percebo ao pisar as origens deste nome; mangueira. Mangas espatifadas no chão, cachorros, crianças, meninas moças grávidas de shortinhos e celular, muitas motos e kombis numa total informalidade. O cenário parece sempre o mesmo quando subo o morro de asfalto.

Porém neste sábado algo de especial acontecia, além o aniversário de Nati. Não ausentando a importancia da data, apenas atualizando-a, comemorei também o que seria em potência os 100 anos de Cartola.

A Mangueira tem dessas coisas, dessas surpresas caídas do pé e que tanto fala a alma por vir do coração.

O Cartola talvez simbolize para mim, a partir de suas suas letras, composição de cor e som que juntos me levam à uma melodia nostalgia de uma época que não vivi, mas que pelo samba sou capaz de me transportar ao passado para tentar encontar a força de uma homem negro, que lutou, criou, inventou, atualizou uma das mais belas formas de se contar cantando as coisas do coração. O samba¹.


¹. etimologia: banto, mas de étimo contrv.; para A. Ramos, o quimb. samba 'umbigada, passo de dança semelhante ao batuque' seria o étimo; segundo ele, existia em Luanda esse tipo de dança; para Nei Lopes, o étimo seria ou o quioco samba 'cabriolar, brincar, divertir-se como cabrito' ou o quicg. samba 'espécie de dança em que um bailarino bate contra o peito do outro'; lembra ainda Nei Lopes que no umbd. semba 'dança caracterizada pela separação de dois bailarinos que se encontram no meio da arena' pertence à raiz semba 'separar', originando-se dela o multilingüístico disemba, pl. masemba 'umbigada', esta, com efeito, remonta às mais antigas formas do samba entre nós, conforme atesta Pereira da Costa em seu Dicionário Pernambucano: "A Júlia que é sambista arreliada, dá no Júlio fortíssima umbigada...", de tudo isso conclui Nei Lopes que a raiz semba do umbd. seria o étimo remoto de samba; f.hist. 1842 samba, 1880 semba. (Houaiss)

². A música transcrita é faixa do álbum representado como imagem.

segunda-feira, outubro 13, 2008

Música de bolso | Mart'nália

é só clicar, escutar e cantar!

as vezes é bom cantar.
acho que esta música carrega a essencia de quem leva nas costas o signo de aires.
e quem me conhece sabe.

as vezes é bom cantar.
para entender que estar só é escolha e que esta pode ser uma ótima saída.

(baixou mesmo a ariana) e em dias de lua cheia... tudo fica mais intenso.

uma música de atitude e verdade.
e a interpretação de Mart'ália é fabulosa, fazendo tudo parcer pequeno diante do seu descaso e da segurança quando se canta/diz: CHEGA!

Wil e Sanny, obrigada pelo entendimento.
Hoje acordei esquisita e depois de ouvir me animei, levantei e fortaleci!

sábado, outubro 04, 2008

o Outro


Indivíduo!

Fantástica descoberta que tem mudado minha vida e o modo como tenho percebido o mundo.

Estudando as Baías (de Guanabara e Sydney), observo à bandeira da cidade do Rio de Janeiro. Através da bandeira, chego aos ‘golfinhos’ e com os golfinhos universalizo o conhecimento, pois a partir deles tenho vivido momentos intensos de verdadeiras descobertas, em que a mente acompanha o desejo de saber mais e mais e é claro, às vezes assustando a possibilidade de fazer coisas grandes na vida.

Na 'pessoalidade' do Golfinho aprendo e exercito a relação de consciência ao Outro.

Quando penso no golfinho, lembro de minha condição humana e me vejo integrada à própria vida na noção de que, idéiaS e realidadeS de Mundo são construídas por cada um de nós.

Apenas busco por uma visão integrada, sistêmica e holista.
A que acredito.

domingo, setembro 28, 2008

mar de céu, mar de gente...


breves palavras para São Paulo:

Lugar de inesquecível garoa onde o mar está no céu e as ondas são as pessoas que atravessam entre as nossas pernas quase nos fazendo derrubar de tanta felicidade.

Lugar grande, de pessoas grandes, de construções grandes e mentes que não cabem num simples pedaço de papel.

Terra fria que abriga pessoas no calor de suas casas, e no universo da casa conhecemos o MUNDO.

Onde o café é mais gosto e a PAULISTA nada tem a ver com o centro da cidade.

Na cidade que pulsa, que anda de forma barulhenta e rápida percebi a amplidão das ruas e livrarias, lugar onde parece que nada tem fim, nem mesmo a própria vida.

Cidade das Luzes, onde a LUZ além de estação (que não se sai por cima e sim por baixo) é espaço de beleza e reflexão sobre as tantas vidas que vem e vão em vagões repletos de gentes, gentes que como ondas vivem a fazer as águas da vida girar e girar para sempre renovar.

Aos queridos paulistas; Samuel e Daniel; eterna presença e agradecimentos!

sábado, junho 14, 2008

SOU mangueira...


Foi no carnaval de 2005 quando vi pela primeira vez Jamelão cantando na avenida. (tarde eu sei!)
E quando a Mangueira despontou na avenida o corpo estremeceu diante de um mundo verde e rosa, criado e inventado para os dias de carnaval. Não sou ‘manguerense’, apenas sei reconhecer a emoção que é ver a escola e sua majestosa bateria desfilar na avenida.

Brigão e ‘marrento’ vi Jamelão desfilar e cantar.
A voz mesmo só pude perceber no início e quando o carro do som passou perto de mim.
Mas a emoção de estar ali me fez acreditar que o volume daquela voz era altíssimo.
Acho mesmo que este era o melhor momento para vê-lo; na execução de sua função que era cantar, representar e apresentar sua escola.

E jamais esquecerei quando Flávio; um homem sempre à frente de seu tempo, disse: “Escute e grave em sua mente este momento, pois esta será uma das últimas oportunidades diante desta voz tão inconfundível para a história do Samba”.

E de fato foi!

O desfile de 2005 para a Mangueira não foi lá essas coisas.
O Samba-Enredo que falava de energia e combustível não ajudou muito.
Mas é claro que tudo fica mais lindo e criativo diante do Carnaval e foi assim que a escola passou.
Mas a inconfundível voz de Jamelão ficou e fez emocionar quando cantava “Sou Mangueira” (e me senti).
A energia do samba
É o combustível do amor - Sou Mangueira (bis)
Nos braços do povo fazendo fluir
A verde e rosa na Sapucaí


Um “sou mangueira” carregado no prolongamento na fonética da palavra SOU.
Sem dúvida este foi para mim o melhor momento do desfile.

Não pretendo aqui criar um mito, falo apenas de um homem e de sua voz, que ecoou e caracterizou um jeito único de cantar a sua escola apenas por saber soltar a VOZ na Sapucaí.

sexta-feira, junho 13, 2008

SaTURN

¹“Stevie Wonder andaLUZ” (já disse Caetano)

E eu digo, Stevie Wonder andaLUZ em mim.
Uma canção de 1976 que me emociona por sua idealização e atualidade quanto as minhas demandas internas de Ser.

Amigos que me acompanharam esta semana, entenderão!

"Packing my bags -- going away
To a place where the air is clean
On saturn
There’s no sense to sit and watch people die
We don’t fight our wars the way you do
We put back all the things we use
On saturn
There’s no sense to keep on doing such crimes

There’s no principles in what you say
No direction in the things you do
For your world is soon to come to a close
Through the ages all great men have taught
Truth and happiness just cant be bought - or sold
Tell me why are you people so cold

I’m....
Going back to saturn where the rings all glow
Rainbow, moonbeams and orange snow
On saturn
People live to be two hundred and five
Going back to saturn where the people smile
Don’t need cars cause we’ve learned to fly
On saturn
Just to live to us is our natural high

We have come here many times before
To find your strategy to peace is war
Killing helpless men, women and children
That don’t even know what they’re dying for
We cant trust you when you take a stand
With a gun and Bible in your hand
And the cold expression on your face
Saying give us what we want or well destroy

I’m....
Going back to saturn where the rings all glow
Rainbow, moonbeams and orange snow
On saturn
People live to be two hundred and five
Going back to saturn where the people smile
Don’t need cars cause we’ve learned to fly
On saturn
Just to live to us is our natural high
"


__________________________________________
¹. Na canção "Vaca Profana" de Caetano Veloso em 1986.
². Esta música faz parte do albúm: "Songs In The Key of Life" (Motown, 1976)
para escutar a música: http://www.youtube.com/watch?v=p3KpUO6t9qQ

sexta-feira, junho 06, 2008


Acho importante compartilhar um momento vivido.
Algumas semanas atrás passei por um processo de entrevista, bem tenso!
Ia ser entrevistada, depois não ia mais, até decidiram que sim e lá fui eu.
E nem acredito que passei bem por ele.
E que agora estou aqui toda confortável falando desta experiência.
Tudo muito inusitado e constante.
Mas também se não fosse assim, este não teria sido um momento para mim.
Entrevista, monografia, legitimação da minha importância no trabalho, muito trabalho, uma avaliação chata de inglês, o coração que palpita e incertezas.
Imagina ainda ter que passar por uma entrevista depois de anos de trabalho.
Além do mais o entrevistador é o chefe-mor de todos.
É aquele que decide!
E por isso é temido.
Fui bastante preocupada ao nosso encontro.
50% para ser bom e 50% para ser péssimo (a maioria são).
E durante o trajeto até o local do encontro, fui pensando que esta seria a oportunidade de falar para o CHEFE coisas sobre mim e sobre o meu trabalho.
E assim segui confiante e aberta.
A entrevista começou.
O entrevistador sério, atento e com um olhar devorador saraivando perguntas que iam e vinham sem se contradizer.
Eu, ali dividida entre a tensão e a confiança em minhas palavras.
Seguimos na entrevista e muitas impressões foram obtidas a partir daquele encontro.
Num limiar entre avançar e retroceder, a todo instante me comportei como uma pessoa próxima e ao mesmo tempo distante dele.
E quando percebi que muito mais que responder era necessário contextualizar as respostas, saraivei-o de palavras também.
Fui percebendo que na medida em que eu ia falando “verdades” ela ia aceitando e validando meus pensamentos.
De uma entrevista formal e pesada, passamos para uma espécie de entrevista mais aberta. Em que era permitido não apenas mais perguntar ou responder, mas sim conversar um pouco mais sobre determinados assuntos.
Sutil assim.
Claro que isso tudo fazia parte do meu jogo e do jogo dele também.
Nós dois jogamos o tempo inteiro e sabíamos disso.
Porém as cartadas foram certas, assim como os truques e os blefes.
E uma das cartas foi “...e nem tudo é DINHEIRO!”
Esta palavra marcou e ecoou a sala, ele repetia como se realmente quisesse acreditar nisso.
Eu acredito!
Agora uma pergunta para quem já leu “Nada é de graça meu bem!”
- Se nem tudo é dinheiro e se nada é de graça, como é que ficamos?
Eu sei muito bem onde eu fiquei.
Me vi em um lugar interessante, num lugar de valor, de seriedade e de confiança.
Me vi assim durante a entrevista.
Talvez um tanto ingênua.
Talvez um tanto eu mesma.
Como alguém que, como ele mesmo disse: “ muito interessante essa menina e que segue no meu processo”.
Me vi numa posição em que muito mais que ser contratada valeu a transparência e a confiança. E essas duas já nos consagra.
E de um momento de dor e aflição para muitos; porque a maioria das pessoas que são entrevistadas por ele sai chorando da sala; eu me vi saindo de lá SORRINDO.
Afinal, adoro sorrir!

quarta-feira, maio 28, 2008

que sejam FELIZES para sempre!


Uma homenagem àquela ‘que protege’, Tatiana, e coroa com folhas de louro seus amigos, Laura.
Daqui a exatos 01 mês acontecerá o que para mim será o casório do ano.
E eu serei madrinha, claro!
Há quem diga que casamento não está com nada.
Mas Tati com toda a sua fé, nos prova o contrário.
Nunca acompanhei tão de perto assim todo o processo para um casamento.
Como a noiva diz: É uma verdadeira indústria amiga!
E envolve sonho, criatividade, dinheiro, realização e controle.
Casamento é para quem tem espírito empreendedor, eu digo.
Casar não é fácil não minha gente, fico realmente apavorada.
Parabéns pela coragem Tati!
Será lindo, tenho certeza.
Estarei lá para contar histórias e vivenciar com você parte do SEU SONHO.
E que ele venha colorido! ROSA e VERDE BRANCO e CANELA e com muito cheiro de alecrim!

quinta-feira, maio 22, 2008

a LUZ que vem do outro

DAN FLAVIN
Untitled (to Barnett Newman) two, 1971.
Pink, daylight, cool white and yellow fluorescent lightRed, yellow and blue fluorescent light8 feet high x 4 feet wide across the corner (243.8 x 121.9 cm)
Dan Flavin à luz de Barnett Newman quase 20 anos depois.
"... Essa é a luz que eu preciso. Luz que ilumina, cria e nos [me] dá juízo..." (Mar de Gente - O Rappa)

quinta-feira, abril 10, 2008

unidos da museologia 2002/2




Eita saudade!
Juntos contruimos memórias.
Obrigada.

domingo, abril 06, 2008

e quando a ala abriu, nós passamos.

Galeria dos convidadíssimos.
Na tradicional feijoada promovida pela velha guarda portelense.
Batendo samba em meu peito!
Um bolo roubado e um parabéns garantido!





Dia Maravilhoso!
É dia de festa é dia de Samba.

E o samba passou das nove da noite com quadra cheia de GENTE!

* Homenagem aos 25 anos de morte de Clara Nunes
* Comemoração de muitos aniversários (inclusive o meu)
* Apresentação oficial do 1º casal “Mestre Sala (Fabrício Pires) e Porta-bandeira (Danielle Nascimento, neta de Natal da Portela e filha de Wilma Nascimento)” – não deu para fotografar. Estava muito cheio!
*Encontro da turma 2002/2 de museologia.

Dia de memória!
Graças a contribuição de todos vocês.

mais um dia 04 de Abril

Um Brinde!






À vocês.

Pois nem parece que chovia lá fora.

sexta-feira, abril 04, 2008

quarta-feira, abril 02, 2008

Nada é de graça meu bem!

Foi a frase que eu disse para um amigo ontem enquanto me despedia dele no aeroporto Santos Dummont.
“Vamos deixar de passagem que há nove meses o aeroporto ganhou uma nova área para embarque e depois de muito tempo sem pisar por lá, imaginei logo a ampliação por conta da crise área nacional. É necessário ampliar e sofisticar espaços que exigirão dos passageiros horas e mais horas na fila de espera”.
Contudo, ontem estava vazio.


Eu e meu amigo circulávamos pelos corredores enormes que lhe provocou até uma “claustrofobia”.
Mas antes queríamos comer Pão de Queijo (sou viciada nisso) que nos custou R$ 4,00.
Horas antes brindamos a nossa cervejinha de sempre e o caldinho de feijão (que ele adora) por R$ 13,00. Fora o taxi e outras coisas a mais que nos fizeram, ou pelo menos que o fez gastar muito mais que essas pequeninas quantias.
O Rio de Janeiro é uma cidade quase que de graça.

Ainda dentro do aeroporto e após nos deliciarmos com as imagens barrocas em exposição corremos em direção ao ar fresco e ao calor carioca, quando soou o número de seu vôo.
Nos entreolhamos e ele disse: “‘pera ai’, ainda há tempo para mais um cigarro”.
O preço do cigarro, não sei.

O tempo da conversa foi o tempo do cigarro, sabíamos disso.
E esse tempo não foi de graça, pois caso ele perdesse o vôo pagaria muito caro por isso.
Ele não sabia se fumava rápido ou lentamente.
Não gosto de cigarro, mas já que é para fumar prefiro lentamente. Acho mais charmoso.
E antes que o cigarro terminasse o meu amigo disse coisas muito bonitas.
Falou da minha importância e me agradeceu por algumas coisas.
Então saiu de dentro de mim a frase “NADA É DE GRAÇA MEU BEM”.

Isso foi o início para as nossas risadas que durariam horas se não fosse o cigarro.
E mesmo assim sorrimos.
- Como assim nada é de graça? Ele perguntou.
- Nada Samu! Nem o ar! Respondi.

Não havia espaços para mais nada, apenas para mais e mais risadas.
Nos acabamos de tanto rir na entrada do saguão de embarque enquanto alguns outros nos olhavam.
Na realidade sabíamos que naquele momento agíamos por reação um ao outro.
É mais que normal, ou assim deve ser.
Quando recebemos carinho é isso que devemos dar em troca.

Guardarei muitos brindes, muitas conversas e muitas risadas. TODAS DE GRAÇA!




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