quinta-feira, outubro 27, 2011
WD-P
amizade
eita palavra bonita. cheia de significados que agrada o coração e acalma a mente e que nos dá confiança para seguir.
quando fazemos amigos, estamos em profundo momento de encontro. um encontro que eu diria ser austral, mágico. algo que está na ordem da graça e por isso, fora de qualquer outra ordem.
é a nossa mais consciente escolha.
é quando sabemos identificar e viver com a maior riqueza ao nosso redor.
é o amor.
é quando aceitamos o outro do jeito que ele é e aprendemos a relacionar isso ao nosso instinto de sobrevivência, e todos saem vencedores.
a amizade é concreta!
quarta-feira, outubro 05, 2011
parte 1
contexto: férias. lendo sobre meditação, psicanálise e um romance de Umberto Eco.
hoje veio essa frase na mente e sobre ela tenho pensado.
e assim, enxergar é um fato tão certo quanto o fato de estar de olhos fechados.
é como imaginar e realizar a transformação em mim e sobre o que acho que vejo, e ainda assim é tudo pura ilusão de óptica.
segunda-feira, outubro 03, 2011
AiNDA não sei
Do que era e deixou de ser.
Gosto do estado da impermanência das coisas. Da mudança da forma, do que se transforma. Do que borra e avança às margens.
E só gosto da linha que margeia enquanto essa linha for ilusória. Pois, até a margem de um rio muda mesmo que imperceptivelmente e, sobre isso me mantenho confiante sobre a mutabilidade das coisas. Sobre o que deixa de ser para dar lugar à uma outra realidade que virá.
Gosto de ver a mudança, sentir e de mudar!
17-09-2011
domingo, setembro 04, 2011
terça-feira, julho 26, 2011
domingo, julho 24, 2011
procurANDO ninhos dentro da imensidão.
sábado, julho 23, 2011
domingo, junho 12, 2011
sexta-feira, maio 27, 2011
Telle Monteiro: Arte na veia
quarta-feira, maio 18, 2011
Sternenmädchen
domingo, março 20, 2011
skina acuArio
segunda-feira, janeiro 03, 2011
de car/s/a nova
voltei de car/s/a nova.
depois de obras e mudança, voltei de car/s/a nova.
para reeditar memórias. as minhas memórias.
para abertura, escolhi o Waly Salomão com a carta aberta ao poeta americano Jonh Ashbery.
W.S.: CARTA ABERTA A JOHN ASHBERY
...
A memória é uma ilha de edição - um qualquer
passante diz, em um estilo nonchalant,
e imediatamente apaga a tecla e também
o sentido do que queria dizer.
...
Esgotado o eu, resta o espanto do mundo não ser
levado junto de roldão.
Onde e como armazenar a cor de cada instante?
Que traço reter da translúcida aurora?
Incinerar o lenho seco das amizades esturricadas?
O perfume, acaso, daquela rosa desbotada?
...
A vida não é uma tela e jamais adquire
o significado estrito
que se deseja imprimir nela.
Tampouco é uma estória em que cada minúcia
encerra uma moral.
Ela é recheada de locais de desova, presuntos,
liquidações, queimas de arquivos,divisões de capturas,
apagamentos de trechos, sumiços de originais,
grupos de extermínios e fotogramas estourados.
Que importa se as cinzas restam frias
ou se ainda ardem quentes
se não é selecionada urna alguma adequada,
seja grega seja bárbara,
para depositá-las?
...
Antes que o amanhã desabe aqui,
ainda hoje será esquecido
o que traza marca d'água d'hoje.
...
Hienas aguardam na tocaia da moita enquanto
os cães de fila do tempo fazem um arquipélago
de fiapos do terno da memória.
Ilhotas. Imagens em farrapos dos dias findos.
Numerosas crateras ozonais.
Os laços de família tornados lapsos.
Oco e cárie e cava e prótese,
assim o mundo vai parindo o defunto
de sua sinopse.
Sem nenhuma explosão final.
...
Nulla dies sine linea. Nenhum dia sem um traço.
Um, sem nome e com vontade aguada,
ergue este lema como uma barragem
anti-entropia.
...
E os dias sucedem-se e é firmada a intenção
de transmudar todo veneno e ferrugem
em pedaço do paraíso. Ou vice-versa.
Ao prazer do bel-prazer,
como quem aperta um botão da mesa
de uma ilha de edição
e um deus irrompe afinal para resgatar o humano fardo.
...
Corrigindo:
......................o humano fado.
(1995)
WALY SALOMÃO
(Livro “Algaravias”)