quinta-feira, dezembro 18, 2008

paixão é paixão, gente!


a semana teve um toque especial. a semana foi banhada de luz. da formosura de ser mulher. banhada de beleza e força, muito mais que sexualidade. embora ver Madonna molhada de chuva, suponho: deve ter sido prá lá de erótico, sexual... e todas essas coisas boas da vida. a semana é para aqueles que viveram MADONNA in Rio. digo isso por razões que não posso explanar aqui. meu espaço virtual pode ser muito visitado um dia e não quero comprometer a vida de ninguém (risos). cada um que comprometa a sua própria. digo isso porque segunda-feira o metrô estava insuportável. levas e mais levas de pessoas passavam com destino ao maracanã. e isso era aproximadamente umas 15hs da tarde. dai pensei: será que essa gente toda está de férias? e o trabalho? mataram o trabalho? pediram para sair mais cedo? passaram o mês compensando este dia? pegaram atestado médico? ou simplesmente se levantaram da cadeira e com um breve 'até logo' gestual disseram um sim para as coisas boas da vida? a paixão explica qualquer coisa e dedico a semana aos apaixonados que podem até pagar um pouquinho caro pelo impulso e pelo ingresso. mas impulso é impulso não é? assim como paixão é paixão. e não há muito o que justificar. quem não compreender, é porque na real ficou na pilha de ir, mas não foi.

quinta-feira, dezembro 11, 2008

the white rabBit. what's the MEANing?

The White Rabbit, as seen in Lewis Carroll's
book "Alice in Wonderland


E o que significa o coelho branco mesmo?
Ontem acordei de um jeito curioso*.
Meu irmão mais velho, o Leo, para quem conhece.
Invade meu quarto.
Isso mesmo, ele sempre invade. Nunca bate na porta e sai acendendo a luz na cara. (motivo de muitas brigas quando eramos adolescentes).
Mas ontem ele bateu na porta e depois de bater invadiu mesmo, como sempre fez.
Na mão carregava: coca-cola na direita e um coelho branco na esquerda.
E disse:
- Bruna, Bruna... tenho que deixar este coelho aqui se não os gatos vão pegar! Vou colocar na sua varandinha.
Abro levemente os olhos e numa confusão mental, normal de quem a segundos atrás dormia, pergunto com toda a calma (uma calma com teor de impaciência comum em minhas manhãs):
- Mas Leonardo, coelho rói tudo! Ele vai roer minhas plantas!
E ainda sem entender porque o Leo carregava o coelho perguntei:
- Leo, de onde você tirou este coelho? Da cartola? É mágica? É presente? É pra mim?
Me explica ? (tudo em tom irônico e impaciente matinal, comum de minha pessoa quando acorda em especial quando assustada).
De manhã sou assim: SILENCIOSA.
Para durante o dia extravasar. Risos...

Passei a manhã inteira com o coelho em meu quarto.
O coelho e eu.
Ele pulava, andava e ruía.
Eu olhava, chamava para perto de mim e oferecia água.
Até descobrirmos que o coelho era nosso visinho.

Simplesmente às 07 da manhã, Leo (que nunca dorme) vai a padaria comprar coca-cola e se depara com o coelho perdido pela rua.
Isso ficou em mim por muitas coisas que Leo (e quem conhece sabe) representa.
O cara é assim mesmo, imprevisível.
E sua imprevisibilidade é tão sutil que deixa todos em casa sem respostas.
Claro! Respostas não existem para este caso.
O cara é ser humano mesmo, e todo ser humano carrega consigo o sentido da vida!

O fato martelou em mim por todo o dia.
Liguei para amigos, falei com os presentes e refleti.

Lembrei imediatamente de Alice.
Da Alice do País das Maravilhas, da Alice do seriado da HBO e até da Mª Alice (filhota da minha prima).

Mas parei mesmo na Alice do País das Maravilhas.
Quando leio ou vejo Alice, o coelho branco significa muitas coisas para mim.
E me abro em sorriso.
Significa aquele que conduz na pressa a Alice pelo País.
Nunca soube se gostava do coelho ou não.
A pressa dele sempre me incomodou um pouco.
Mas sabe como é aquilo que te incomoda porque na realidade gosta?
Então é assim que me vejo.
O coelho existe, com toda a sua lógica (ilógica) e ironia.
Não sei o que nada disso quer me dizer.
Acho que para uns eu posso ser o coelho, o Leo pode ser o coelho, as circunstâncias também podem ser o coelho. (quanto as circunstâncias ainda me ponho em dúvida)
Mas acredito em sinais e ontem me deparei com um coelho branco em meu quarto, e juro que me inquietei.


Na inquietude indago mesmo sobre o País das Maravilhas.

E confusa estou.

Pois acabei de ser convidada a mudar de rota mesmo estando na mesma direção.
Saio de um universo delicioso de objetos e histórias, para uma briga quase que política de realidade cultural de nosso país. Onde a batalha é diária. Uma nova estratégia para mim.

Não sei onde isso vai dar, como também não sei o que o coelho branco significa.
Fico com a sensação de que tudo pode mudar a qualquer momento.
O Tempo é senhor e o relógio do coelho não para (pára ortografia antiga).

É um mix de sentimentos porque me vejo de certa forma reconhecida, contudo afastada do que há 4 anos venho construindo em parceria com pessoas amadas.

Sei que algumas coisas em minha vida vão mudar, eu mesma vou me mudar e isso vai mexer comigo. Mas tem que ser, o relógio do coelho não para e a ortografia da palavra pára muda.

Vejo amadurecimento e o boom que isso está causando.

Mudei mesmo, ‘metamorfose ambulante’, graças ao Raul.
Mudei dentro, na idéia e no sentimento.
E quero mudar todos os dias, a cada manhã ironicamente impaciente e silenciosa.

Olho; “a mente”; no espelho, para ver o que reflete.
A imagem é turva. Como uma bruma!

*curioso: palavra empregada com o sentido já patenteado pelo jeito de um ‘amigaço’ falar, quando o fato é de fato; Curioso.
Aproveitei boa parte deste texto enviado a amigo.
Aqui fiz algumas adaptações como a história do Leo; por exemplo.