E quando a Mangueira despontou na avenida o corpo estremeceu diante de um mundo verde e rosa, criado e inventado para os dias de carnaval. Não sou ‘manguerense’, apenas sei reconhecer a emoção que é ver a escola e sua majestosa bateria desfilar na avenida.
Brigão e ‘marrento’ vi Jamelão desfilar e cantar.
A voz mesmo só pude perceber no início e quando o carro do som passou perto de mim.
Mas a emoção de estar ali me fez acreditar que o volume daquela voz era altíssimo.
Acho mesmo que este era o melhor momento para vê-lo; na execução de sua função que era cantar, representar e apresentar sua escola.
E jamais esquecerei quando Flávio; um homem sempre à frente de seu tempo, disse: “Escute e grave em sua mente este momento, pois esta será uma das últimas oportunidades diante desta voz tão inconfundível para a história do Samba”.
E de fato foi!
O desfile de 2005 para a Mangueira não foi lá essas coisas.
O Samba-Enredo que falava de energia e combustível não ajudou muito.
Mas é claro que tudo fica mais lindo e criativo diante do Carnaval e foi assim que a escola passou.
Mas a inconfundível voz de Jamelão ficou e fez emocionar quando cantava “Sou Mangueira” (e me senti).
“A energia do samba
É o combustível do amor - Sou Mangueira (bis)
Nos braços do povo fazendo fluir
A verde e rosa na Sapucaí”
Um “sou mangueira” carregado no prolongamento na fonética da palavra SOU.
Sem dúvida este foi para mim o melhor momento do desfile.
Não pretendo aqui criar um mito, falo apenas de um homem e de sua voz, que ecoou e caracterizou um jeito único de cantar a sua escola apenas por saber soltar a VOZ na Sapucaí.
A verde e rosa na Sapucaí”
Um “sou mangueira” carregado no prolongamento na fonética da palavra SOU.
Sem dúvida este foi para mim o melhor momento do desfile.
Não pretendo aqui criar um mito, falo apenas de um homem e de sua voz, que ecoou e caracterizou um jeito único de cantar a sua escola apenas por saber soltar a VOZ na Sapucaí.